Ceasa reúne feirantes e produtores para discutir mercado e segurança alimentar

A diretoria da Ceasa apresentou suas diretrizes iniciais para a reformulação do sistema do comércio atacadista de hortigranjeiros
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20/01/2011 - 16:40
Editoria

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A diretoria da Ceasa Paraná deu continuidade a mais uma etapa do trabalho proposto de rediscutir o papel e as ações das cinco unidades das Centrais de Abastecimento no Estado. Nesta semana esteve reunida com os representantes das associações de produtores e dos permissionários das unidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu.
No encontro, que contou também com a presença do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e ainda de dirigentes das associações dos Feirantes de Curitiba e do Mercado Municipal de Curitiba, a diretoria da Ceasa apresentou suas diretrizes iniciais para a reformulação do sistema do comércio atacadista de hortigranjeiros. “Temos que tratar do assunto como sendo compromisso do Estado na segurança alimentar em todos os seus segmentos. E, para isso, precisamos também que o sistema de distribuição dos hortigranjeiros seja eficiente, dando garantias a que o produtor seja valorizado no seu trabalho, assim como o atacadista”, disse o secretário Norberto Ortigara.
Para o engenheiro agrônomo Luiz Dâmaso Gusi, diretor-presidente da Ceasa Paraná, este primeiro encontro com os representantes dos produtores e atacadistas das cinco unidades da empresa serviu, também, para troca inicial de visões e experiências do que vem sendo feito no sistema. “Temos uma determinação delegada pelo Governo do Estado de modernizarmos e melhorarmos o sistema atacadista de hortigranjeiros. Para isso, precisamos construir uma proposta conjunta e parcerias com os integrantes deste processo”, afirmou Luiz Dâmaso Gusi. “É importante que se busque sempre a participação nessas ações de agentes do governo, da iniciativa privada – produtores e atacadistas, e do terceiro setor, as entidades organizadas”.
Na reunião foram feitos relatos das principais preocupações dos produtores e atacadistas no que diz respeito ao controle dos produtos de outros estados, e que são negociados no Mercado do Produtor, assim como dos contratos de uso dos boxes no atacado, e da segurança das respectivas unidades. “Estamos fazendo um trabalhado detalhado de cada problema e buscando alternativas soluções para resolvermos da melhor maneira possível essas pendências. Faremos isso de maneira transparente e tendo o cuidado de buscar uma cultura de mudanças de atitude para deixarmos mais eficazes e permanentes essas ações”, destacou o diretor-presidente da Ceasa Paraná.
VOLUME – As Ceasas do Paraná movimentaram no ano passado cerca de 1,65 milhão de toneladas de produtos. “É um volume expressivo e que pode ser aumentando gradativamente. A produção de hortigranjeiros no Paraná é expressiva e tem qualidade. Nada melhor que aproveitarmos esse potencial para também agregarmos mais componentes de qualificação do setor de escoamento dessa produção”, afirmou Norberto Ortigara.
A cinco unidades das Ceasas no Paraná tem 684 atacadistas registrados, e outros 6.357 produtores cadastrados junto aos respectivos mercados do Produtor. Circulam em média, nas Ceasas de Curitiba, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu e Cascavel, 19.500 pessoas entre funcionários, produtores, atacadistas e compradores, e 4.050 veículos por dia.
EXEMPLOS – Outra novidade do encontro promovido pela diretoria da Ceasa Paraná, foi a participação dos representantes das associações dos Feirantes e do Mercado Municipal de Curitiba. “Foram depoimentos importantes e que mostram um pouco do trabalho de renovação e de novas diretrizes assumidas pelos próprios usuários desses dois setores”, explicou Luiz Dâmaso Gusi, que antes de assumir a direção da Ceasa era secretário municipal de Abastecimento em Curitiba.
Nas feiras livres da capital paranaense, procurou associar alimentação com saúde. “Buscamos associar a ideia que ter um local organizado, limpo e com regras de higiene e limpeza só iria beneficiar ainda mais a relação feirante com o seu cliente, com o seu consumidor”, completou Gusi. O mesmo aconteceu com o Mercado Municipal, que ainda ganhou por parte da associação apoio nas ações de realização de cursos e seminários de alimentação e de culinária.
Também participaram da reunião de trabalho o diretor administrativo e financeiro, Luiz Roberto Souza; o diretor técnico, Valério Borba, o diretor agrocomercial, Eduardo Pimentel Slaviero; e a assessora jurídica, Maria Cristina Daher.

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