A peça publicitária O Menino da Porteira, desenvolvida pela Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social em parceria Secretaria de Estado da Comunicação Social, foi a grande vencedora da categoria Rádio no prêmio Best Mídia 2018, promovido pelo Grupo de Mídia do Paraná. O anúncio faz parte de uma campanha de combate ao trabalho infantil no campo.
Com trilha cantada por Sérgio Reis e locução de Rolando Boldrin, o áudio de quase dois minutos explica a importância da educação formal para a prosperidade da família em contraposição ao trabalho na lavoura. Também ressalta o risco para a formação da criança que é privada de ir à escola para ajudar os pais nas atividades agrícolas.
“Percebemos a necessidade de uma ação direcionada à população que vive no campo, já que neste ambiente muitas vezes a obrigação de trabalhar começa cedo demais, até por questões culturais”, diz a secretária interina da Família e Desenvolvimento Social, Letícia Raymundo. “É uma satisfação ver o reconhecimento deste trabalho e saber que a mensagem de sensibilização chegou aos lares rurais e foi bem recebida pelas famílias”, acrescenta.
Segundo Letícia, as campanhas são estratégias usadas pela Secretária da Família para sensibilização da sociedade sobre temas relevantes e de grande impacto. “Elas dão visibilidade à violação de direitos, permitindo que mais casos cheguem ao conhecimento do poder público para que as providências sejam tomadas”, conta.
ALCANCE – A campanha aconteceu durante todo mês de novembro do ano passado, em frequências FM e AM, além de rádios comunitárias do Interior do Estado, no primeiro horário da manhã e no fim da tarde.
Na área rural das regiões com maior índice de trabalho infantil, antes da veiculação dos spots nas rádios, foram distribuídos cartazes anunciando a história do Menino da Porteira. Eles foram afixados nas unidades socioassistenciais, associações rurais, cooperativas, centros comunitários, igrejas e espaços de convivência.
O desenvolvimento da campanha teve o apoio do Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas) e a assinatura é da agência Master Comunicação.
DANOS – Por ser predominantemente agrícola, o Paraná ainda apresenta situações de trabalho infantil no campo. Nas atividades agrícolas os prejuízos à saúde têm relação ao contato com agrotóxico, inalação de produtos tóxicos e uso de ferramentas cortantes. Além disso, o esforço incompatível com a estrutura física da criança ou do adolescente pode gerar sequelas graves.
“Tanto no campo quanto na cidade, o trabalho em lugar do estudo provoca consequências como exclusão social e falta de oportunidades profissionais, além dos problemas físicos e psicológicos”, explica a secretária interina.
CLASSIFICAÇÃO – Pela legislação, até 14 anos é proibido qualquer trabalho. Dessa idade até os 16 anos o adolescente pode ser um aprendiz. A partir de então, até os 18 anos, o trabalho é permitido em turno diurno, desde que não seja em ambientes insalubres, perigosos ou que prejudiquem o adolescente moralmente. Respeitando as atividades estabelecidas para cada idade, as empresas podem contratar aprendizes dos 14 aos 24 anos.
BEST DO PARANÁ - O prêmio Best Mídia é organizado pelo Grupo de Mídia do Paraná, que seleciona os melhores cases desenvolvidos ao longo do ano no Estado entre 12 categorias.