A área de trabalho da Penitenciária Industrial de Guarapuava foi reinaugurada. O espaço passou por recuperação após ser destruído em uma rebelião em 2014. Para recuperar o local o Governo do Estado investiu R$ 875 mil.
“A Penitenciária de Guarapuava sempre foi considerada modelo em tratamento penal em todo o Estado. Com a retomada da atividade industrial isso voltará a ser realidade”, disse o diretor do Departamento Penitenciário do Paraná, Luiz Alberto Cartaxo de Moura.
Há cerca de um mês, uma empresa de calçados que possui convênio com o Estado, e mantinha um canteiro de trabalho na penitenciária antes da rebelião, retomou suas atividades. Cerca de 50 presos estão trabalhando. A intenção é que até o fim deste ano 140 detentos estejam envolvidos com o setor industrial, o que corresponde a 50% dos detentos custodiados na penitenciária. As atividades foram reiniciadas na sexta-feira (18), com a presença de autoridades, instituições parceiras e comunidade local.
Segundo o diretor da unidade, Renato Silvestre, além da reforma da área industrial, em parceria com a comunidade, foram realizadas melhorias em toda a unidade prisional, como a colocação de grades, escadas de emergência, câmeras de monitoramento, automatização da abertura das celas e construção de parlatórios.
BENEFÍCIOS – Os presos que participam de canteiro de trabalho recebem das empresas, mensalmente, a remuneração correspondente a três quartos do salário mínimo vigente. Parte do salário pago ao preso – cerca de 20% – fica retida todo mês em uma poupança para que ele possa retirá-la quando sair em liberdade definitiva. Os 80% restantes podem ser retirados durante o cumprimento de pena pela família do detento, caso ele escolha.
Além da remuneração, os presos que atuam em canteiros de trabalho têm redução da pena. A cada três dias de trabalho, um é descontado da pena total a cumprir.