A descoberta de problemas auditivos antes dos dois anos de idade, para reduzir sequelas, agora é possível com o novo aparelho adquirido com recursos do Fundo para Infância e Adolescência (FIA). O equipamento foi apresentado nesta quarta-feira (23) pela fundadora da Associação Mantenedora do Centro Integrado de Prevenção (Amcip), Marisa Amada Pires Sella. A entidade social atende desde recém-nascidos a crianças de até dois anos com deficiência intelectual, trabalho iniciado em 1994.
O projeto para compra do Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico (Bera) foi recebido pela Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social pelo edital 002/2017 (Bera -instrumento para acessibilidade) e aprovado pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A coordenadora estadual da Política da Pessoa com Deficiência, Flávia Cordeiro, disse que as organizações da sociedade civil são importantes para se chegar à população. “A parceria com entidades sociais potencializa as políticas de direito e melhora o atendimento em todo o Estado”, destacou Flávia.
NECESSIDADE – Marisa explicou que em testes auditivos convencionais o paciente tem condições de responder aos estímulos, o que não ocorre quando se trata de crianças com deficiência. “Este aparelho mensura as repostas diretamente no nervo auditivo, sem necessidade de a criança estar consciente do procedimento”, explicou a fundadora da Amcip.
Ela acrescentou que seria impossível adquirir o aparelho sem a parceria com o poder público e empresas privadas. “Os convênios nos ajudam a pagar profissionais, mas a melhoria do atendimento, com mais estrutura, conseguimos pelas parcerias, por meio de projetos”, detalhou Marisa. “Essa apresentação foi promovida para mostrar o resultado àqueles que participaram desta conquista”.