Estudantes do 8° ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Cláudio Morelli e Colégio Aline Pichetti, de Curitiba, apresentaram nesta quinta-feira (12) protótipos desenvolvidos com placas de Micro:bit como propostas de soluções para situações na escola, em casa e na sociedade. Os trabalhos foram apresentados em exposição realizada no Departamento de Políticas e Tecnologias Educacionais (DPTE) da Secretaria da Educação, no bairro Boqueirão.
A exposição teve como objetivo promover a criatividade, potencializar a aprendizagem e o protagonismo juvenil, além de possibilitar que os alunos participem do processo de aprendizagem.
USO DA ÁGUA - O Microp:bit é uma placa controladora com sensores embutidos, bluetooth, rádio, sensor de temperatura e luminosidade, que auxilia o desenvolvimento de protótipos com inteligência artificial.
O estudante Gustavo Mendonça Aires, 14 anos, desenvolveu junto com os colegas um sistema que possibilita acompanhar os níveis de água em uma cisterna por meio de sinais sonoros. Segundo o aluno, o projeto garantirá economia à escola com a manutenção correta da cisterna e o uso da água da chuva para serviços de limpeza. “Percebemos que quando chovia o pátio da escola alagava, então pensamos em um projeto para resolver esse problema e ainda garantir economia à escola com o reaproveitamento dessa água”, explicou.
O experimento permitiu ao aluno e seus colegas desenvolver o protótipo “Microcisterna” com conhecimentos básicos de programação. “Trabalhar com esse tipo de programação foi muito produtivo porque tive a oportunidade de aprofundar os conhecimentos nessa temática de uma maneira mais simples que no computador”, disse Gustavo.
Danielle Moreira, de 13 anos, desenvolveu junto com os colegas o sistema “Microcar”, que emite sinais sonoros em casos de furtos de veículo. Ao deixar o veículo, o proprietário aciona o Micro:bit que emitirá sinais sonoros em caso de deslocamento do carro sem a presença do dono. “A funcionalidade do Micro:bit permite desenvolver projetos simples, mas que podem ser úteis para resolver situações que acontecem todos os dias nas grandes cidades”, disse a aluna
APRENDIZADO - A mostra dos trabalhos é resultado dos estudos feitos pelos alunos no laboratório de aprendizagem criativa da Secretaria da Educação. Antes de iniciar as pesquisas os estudantes aprenderam conceitos de robótica, programação, construção de modelos, pequenos objetos, prototipagem, simulações, entre outros.
“O envolvimento dos professores foi fundamental porque introduziram os alunos no processo de metodologia científica. Eles acompanharam o desenvolvimento dos projetos, identificaram os problemas e criaram hipóteses com pesquisas para aprimorar os trabalhos que estão sendo apresentados”, disse o chefe do Departamento de Políticas e Tecnologias Educacionais, Eziquiel Menta.
Os estudantes aplicaram os conceitos utilizando 80 placas de Micro:bit, doadas à Secretaria da Educação pela Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI). A iniciativa é inédita na rede estadual e permite aos alunos o ingresso no mundo da programação.