O Hospital Adauto Botelho, unidade psiquiátrica pertencente ao Governo do Estado, chega aos 62 anos, completados nesta semana, com avanços no método de tratamento de pessoas com transtorno mental e, também, na estrutura para o atendimento aos pacientes. O Adauto Botelho fica em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A partir de 2011, a secretaria estadual da Saúde investiu mais de R$ 2 milhões em obras e na aquisição de equipamentos para reestruturar o hospital.
Com 84 leitos, o Adauto Botelho atende pacientes com transtornos mentais, como depressão e esquizofrenia, e dependência do álcool e outras drogas. O paciente internado passa por psicoterapias, fisioterapia, atendimentos de terapia ocupacional, apoio do serviço social e consultas clínicas. Anualmente, o hospital faz uma média de 600 internamentos.
“O Adauto Botelho é um dos primeiros hospitais psiquiátricos do Paraná e tem papel fundamental no atendimento às pessoas com transtornos mentais. O investimento feito na unidade resgata uma história de bons trabalhos prestados à população e é um sinal de respeito a todos os profissionais que já atuaram e aos que atuam na unidade”, disse o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
“O Hospital passou por mudanças significativas em muito pouco tempo e isso é motivo de orgulho de toda equipe”, diz o diretor do Hospital, Osvaldo Tchaikovski Junior. Segundo ele, os tratamentos realizados são aperfeiçoados e modernizados constantemente seguindo os melhores métodos existentes na atualidade. “Antigamente as pessoas que não se encaixavam na sociedade por diversos motivos, eram enviados a hospitais psiquiátricos. Nossa psicologia atual está cada vez mais distante dessa ideia antiga de segregação e separação”, afirma.
O trabalho integrado com a comunidade foi uma das grandes transformações do local. “Temos oficinas, como as de artesanato, e vários trabalhos extra-hospitalares. Fazemos passeios a lanchonetes, parques, já até fizemos viagens ao Litoral, sempre pensando na inclusão social para evitar que esse paciente volte a ser internado por dificuldade de adaptação”, destaca o diretor.
MELHORIAS - Desde o início desta gestão, o espaço já passou por grandes reformas estruturais. Foram investidos mais de R$ 2 milhões em obras na parte elétrica, hidrossanitária e pintura. “A fiação do hospital não era trocada há mais de 60 anos. A parte hidráulica era feita com manilhas de barro e estava comprometida”, relembra o diretor.
De 2011 até agora, o local ganhou uma academia ao ar livre, organizou uma sala equipada para sessões de fisioterapia, recebeu equipamentos da área de urgência e emergência, como desfibriladores, aspiradores e monitores cardíacos, teve cozinhas e lavanderias modernizadas e ganhou novos veículos, um ônibus e um carro. A pintura também está sendo refeita nas áreas internas e externas do hospital.
SERVIDORES - A área de recursos humanos também teve ganhos. Nos últimos três anos o hospital ganhou 70 novos servidores. “Mudar nossa estrutura não seria suficiente se nossa equipe também não fosse complementada. Hoje temos 204 funcionários trabalhando no Adauto. Um terço deles passou a fazer parte do quadro nesta gestão”, conta Tchaikovski.
Ele ressalta que o trabalho com pacientes psiquiátricos exige uma sensibilidade diferenciada do profissional. “Trabalhar com saúde mental é diferente. Nosso paciente necessita de um cuidado, um carinho e um tratamento especial e nosso funcionário precisa passar por uma capacitação apropriada para atender a demanda exigida”, diz. “De nada adiantaria uma estrutura física nova com práticas assistenciais antigas”, ressalta.
EDUCAÇÃO – De acordo com a coordenadora do departamento de educação permanente do hospital, Aline Guedes, na saúde mental as tecnologias de ponta ou os equipamentos de última geração não são prioridades, mas sim a tecnologia do cuidado. “Estamos investindo principalmente na capacitação dos profissionais e na mudança cultural, visando um manejo mais adequado dos pacientes e a qualificação do serviço prestado para que estes recebam um cuidado cada vez melhor”, disse.
Em setembro do ano passado, o Setor de Educação Permanente implantou o ‘Espaço de Reflexão HCAB – Conversas sobre Saúde Mental’, no qual são realizados encontros semanais de rodas de conversas com a participação dos funcionários das diversas equipes assistenciais do hospital. “É como um espaço de reflexão sobre saúde mental, onde trocamos experiências, compartilhamos impasses e angústias que o trabalho pode trazer e atualizamos nossos conhecimentos”, explica Aline.
As capacitações começaram com abordagens mais conceituais, como por exemplo ‘o que é saúde mental’ ou ‘o que é normalidade’, sempre estabelecendo uma visão crítica e discutindo a realidade do trabalho. Também já foram abordados temas como preconceitos, estigmas, a história da instituição, a Reforma Psiquiátrica, entre outros, complementa a coordenadora.
O projeto de educação não envolve apenas funcionários do Adauto Botelho, mas também equipes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), vinculadas à 2ª Regional de Saúde – Metropolitana de Curitiba. “Procuramos trabalhar de maneira integrada com equipes dos Caps, pois grande parte dos pacientes que saem do hospital necessita de acompanhamento perto de casa”, ressalta Tchaikovski.
FUTURO – Um recurso de R$ 860 mil já foi liberado pelo Governo do Estado para as obras de reforma da Unidade de Recuperação de Adictos (URA), um anexo no Adauto Botelho. O projeto prevê a instalação de 40 novos leitos voltados ao tratamento de mulheres dependentes do álcool e outras drogas.
A previsão é de que as obras do espaço que vai abrigar a URA sejam iniciadas no segundo semestre de 2016 e finalizadas até o fim do próximo ano. “Nosso objetivo é entregar esse local em pleno funcionamento até o fim desta gestão”, planeja Tchaikovski.
PROGRAMAÇÃO – A comemoração dos 62 anos do hospital começou nesta segunda-feira (6) com a palestra “Ferramentas de Articulação do Cuidado entre Hospital e a Rede de Saúde Mental”, proferida pelo psiquiatra Deivisson Vianna Dantas dos Santos, para servidores do hospital e profissionais da área da RMC. Um novo encontro com o mesmo tema está marcado para o dia 13 de junho.
Nesta terça-feira (7), um culto ecumênico também marca o aniversário. Na quarta-feira (8), haverá exposição de fotos com a história do hospital e apresentação do Coral da Universidade Positivo (13h30). Na quinta-feira (9), às 13h30, uma roda de capoeira encerra a programação da semana.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: www.pr.gov.br e www.facebook.com/governopr
Com 84 leitos, o Adauto Botelho atende pacientes com transtornos mentais, como depressão e esquizofrenia, e dependência do álcool e outras drogas. O paciente internado passa por psicoterapias, fisioterapia, atendimentos de terapia ocupacional, apoio do serviço social e consultas clínicas. Anualmente, o hospital faz uma média de 600 internamentos.
“O Adauto Botelho é um dos primeiros hospitais psiquiátricos do Paraná e tem papel fundamental no atendimento às pessoas com transtornos mentais. O investimento feito na unidade resgata uma história de bons trabalhos prestados à população e é um sinal de respeito a todos os profissionais que já atuaram e aos que atuam na unidade”, disse o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
“O Hospital passou por mudanças significativas em muito pouco tempo e isso é motivo de orgulho de toda equipe”, diz o diretor do Hospital, Osvaldo Tchaikovski Junior. Segundo ele, os tratamentos realizados são aperfeiçoados e modernizados constantemente seguindo os melhores métodos existentes na atualidade. “Antigamente as pessoas que não se encaixavam na sociedade por diversos motivos, eram enviados a hospitais psiquiátricos. Nossa psicologia atual está cada vez mais distante dessa ideia antiga de segregação e separação”, afirma.
O trabalho integrado com a comunidade foi uma das grandes transformações do local. “Temos oficinas, como as de artesanato, e vários trabalhos extra-hospitalares. Fazemos passeios a lanchonetes, parques, já até fizemos viagens ao Litoral, sempre pensando na inclusão social para evitar que esse paciente volte a ser internado por dificuldade de adaptação”, destaca o diretor.
MELHORIAS - Desde o início desta gestão, o espaço já passou por grandes reformas estruturais. Foram investidos mais de R$ 2 milhões em obras na parte elétrica, hidrossanitária e pintura. “A fiação do hospital não era trocada há mais de 60 anos. A parte hidráulica era feita com manilhas de barro e estava comprometida”, relembra o diretor.
De 2011 até agora, o local ganhou uma academia ao ar livre, organizou uma sala equipada para sessões de fisioterapia, recebeu equipamentos da área de urgência e emergência, como desfibriladores, aspiradores e monitores cardíacos, teve cozinhas e lavanderias modernizadas e ganhou novos veículos, um ônibus e um carro. A pintura também está sendo refeita nas áreas internas e externas do hospital.
SERVIDORES - A área de recursos humanos também teve ganhos. Nos últimos três anos o hospital ganhou 70 novos servidores. “Mudar nossa estrutura não seria suficiente se nossa equipe também não fosse complementada. Hoje temos 204 funcionários trabalhando no Adauto. Um terço deles passou a fazer parte do quadro nesta gestão”, conta Tchaikovski.
Ele ressalta que o trabalho com pacientes psiquiátricos exige uma sensibilidade diferenciada do profissional. “Trabalhar com saúde mental é diferente. Nosso paciente necessita de um cuidado, um carinho e um tratamento especial e nosso funcionário precisa passar por uma capacitação apropriada para atender a demanda exigida”, diz. “De nada adiantaria uma estrutura física nova com práticas assistenciais antigas”, ressalta.
EDUCAÇÃO – De acordo com a coordenadora do departamento de educação permanente do hospital, Aline Guedes, na saúde mental as tecnologias de ponta ou os equipamentos de última geração não são prioridades, mas sim a tecnologia do cuidado. “Estamos investindo principalmente na capacitação dos profissionais e na mudança cultural, visando um manejo mais adequado dos pacientes e a qualificação do serviço prestado para que estes recebam um cuidado cada vez melhor”, disse.
Em setembro do ano passado, o Setor de Educação Permanente implantou o ‘Espaço de Reflexão HCAB – Conversas sobre Saúde Mental’, no qual são realizados encontros semanais de rodas de conversas com a participação dos funcionários das diversas equipes assistenciais do hospital. “É como um espaço de reflexão sobre saúde mental, onde trocamos experiências, compartilhamos impasses e angústias que o trabalho pode trazer e atualizamos nossos conhecimentos”, explica Aline.
As capacitações começaram com abordagens mais conceituais, como por exemplo ‘o que é saúde mental’ ou ‘o que é normalidade’, sempre estabelecendo uma visão crítica e discutindo a realidade do trabalho. Também já foram abordados temas como preconceitos, estigmas, a história da instituição, a Reforma Psiquiátrica, entre outros, complementa a coordenadora.
O projeto de educação não envolve apenas funcionários do Adauto Botelho, mas também equipes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), vinculadas à 2ª Regional de Saúde – Metropolitana de Curitiba. “Procuramos trabalhar de maneira integrada com equipes dos Caps, pois grande parte dos pacientes que saem do hospital necessita de acompanhamento perto de casa”, ressalta Tchaikovski.
FUTURO – Um recurso de R$ 860 mil já foi liberado pelo Governo do Estado para as obras de reforma da Unidade de Recuperação de Adictos (URA), um anexo no Adauto Botelho. O projeto prevê a instalação de 40 novos leitos voltados ao tratamento de mulheres dependentes do álcool e outras drogas.
A previsão é de que as obras do espaço que vai abrigar a URA sejam iniciadas no segundo semestre de 2016 e finalizadas até o fim do próximo ano. “Nosso objetivo é entregar esse local em pleno funcionamento até o fim desta gestão”, planeja Tchaikovski.
PROGRAMAÇÃO – A comemoração dos 62 anos do hospital começou nesta segunda-feira (6) com a palestra “Ferramentas de Articulação do Cuidado entre Hospital e a Rede de Saúde Mental”, proferida pelo psiquiatra Deivisson Vianna Dantas dos Santos, para servidores do hospital e profissionais da área da RMC. Um novo encontro com o mesmo tema está marcado para o dia 13 de junho.
Nesta terça-feira (7), um culto ecumênico também marca o aniversário. Na quarta-feira (8), haverá exposição de fotos com a história do hospital e apresentação do Coral da Universidade Positivo (13h30). Na quinta-feira (9), às 13h30, uma roda de capoeira encerra a programação da semana.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: www.pr.gov.br e www.facebook.com/governopr
