Acordo permite início das obras do
contorno rodoviário de Mandaguari

O início da construção da contorno – que vai resolver um dos principais gargalos rodoviários da região Norte – foi anunciado nesta quinta-feira (10), em Mandaguari, pelo governador Beto Richa.
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10/11/2011 - 15:00
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Um acordo entre o governo do Estado e a concessionária Viapar vai permitir a construção do contorno de Mandaguari, na região Norte do Paraná – obra que deveria estar pronta desde 2008. O início das obras foi anunciado nesta quinta-feira (10), em Mandaguari, pelo governador Beto Richa. A obra será executada pela concessionária Viapar, com um investimento de R$ 86 milhões. O governo comprometeu-se a fazer as desapropriações necessárias. A intenção é que o contorno desvie o trânsito da BR-376, que passa no centro do município, e resolva um dos principais gargalos rodoviários da região.
O projeto segue o traçado original, com 10 quilômetros de pista duplicada, construção de quatro viadutos (dois rodoviários e dois ferroviários), cinco passagens em nível para o trânsito de máquinas agrícolas e quatro retornos. A previsão da concessionária é que sejam construídos 1,4 mil metros lineares de bueiros e 18 mil metros de canaletas para captação de águas da chuva.
“É uma obra fundamental para o crescimento regional. Estamos restabelecendo o diálogo com as concessionárias e fazendo prevalecer o interesse público”, disse o governador. Richa destacou ainda o compromisso do Estado de investir em obras de infraestrutura, para melhorar a segurança e o conforto dos paranaenses.
Na semana passada, ele autorizou o início das obras de duplicação da BR-277, no trecho entre Matelândia e Medianeira, na região Oeste. A obra terá 14,4 quilômetros e será executada pela concessionária Ecocataratas.
O contorno iniciará no quilômetro 210 da BR-376, a cerca de dois quilômetros da praça de pedágio da Viapar, no sentido Maringá-Mandaguari. O trajeto ficará conectado pela região sul do município ao quilômetro 203, próximo a Jandaia do Sul. O prazo para conclusão das obras vai depender da desapropriação da área, processo que ainda está sendo concluído pelo governo do Estado. O governo, por meio do Departamento de Estrada de Rodagem (DER), irá investir R$ 5 milhões para desapropriar 47 lotes, dos quais 28 estão com a documentação encaminhada.
DESAPROPRIAÇÕES – A execução da obra só foi possível devido a um acordo da empresa com o governo estadual para regularizar as desapropriações. De acordo com o presidente da Viapar, Marcelo Machado, o cronograma de obras do programa estadual de concessão rodoviária já previa a construção do contorno, mas a indefinição do governo prejudicou as desapropriações dos terrenos.
“Este é um momento histórico que marca uma parceria com o governo. Essa obra era para ter sido executada, mas o governo anterior não tomou as devidas providências. Em dez meses, no governo Beto Richa, a construção do contorno adiantou como nunca”, disse o presidente da concessionária. Machado afirma que a obra não terá impacto no preço da tarifa e que outras intervenções urbanas estão previstas.
“Esta obra é resultado de trabalho e diálogo com a população. No início do ano, o governador pediu prioridade absoluta para a construção desse contorno, que é esperado há mais de 20 anos”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Ele afirma que outras intervenções de infraestrutura estão previstas para a região, como a duplicação do trecho Maringá/Paiçandu da PR-323.
DESENVOLVIMENTO – Para os moradores, comerciantes e motoristas de Mandaguari, a construção do contorno será fundamental para o desenvolvimento econômico do município. Atualmente, ruas centrais da cidade recebem todo o tráfego da BR-376, o que gera transtornos, barulho, sujeira e muitos acidentes. O pedreiro Antonio Batista, 45 anos, que vai trabalhar todos os dias de bicicleta, afirma ser complicado compartilhar espaço com os caminhões. “Precisamos muito desse contorno. Nasci nessa cidade e sei como essa obra será fundamental para o crescimento e a segurança do povo de Mandaguari”, disse ele.
Luzia Aparecida Paulino, comerciante que trabalha há quatro anos em Mandaguari, conta que é comum ocorrerem atropelamentos no centro da cidade. “Com o grande movimento de caminhões, é comum ter acidentes graves com pedestres e ciclistas. Nossa expectativa é muito boa com o início dessas obras”, disse ela. Luzia destaca ainda outros problemas do fluxo de veículos no centro. “É um barulho insuportável e perco muito tempo limpando minha loja”, afirma a comerciante.

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