Ação do IAP na Operação
Verão vai além do Litoral

Em todo o estado foram feitas autuações que somaram mais de R$ 150 mil em multas por crimes ambientais
Publicação
16/01/2012 - 15:40
Editoria

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O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) emitiu 20 notificações e 15 autos de infração ambiental no Litoral desde o início da Operação Verão, em 16 de dezembro. No interior, as principais apreensões foram de material para pesca clandestina. O IAP trabalha em conjunto com o Batalhão de Polícia Ambiental e recebeu, nesse período, 293 denúncias de crimes contra o meio ambiente, em todo o Estado. As autuações já somam mais de R$ 150 mil em multas.
O IAP realizou nas cidades litorâneas 230 ações de orientação e educação ambiental e 20 de fiscalização e apreensão. “Nossa função também é ensinar a população a respeitar o meio ambiente e a usar os recursos naturais. É mais eficiente fazer com que o infrator entenda o mal que está causando e não o cometa novamente do que lavrar auto de infração para uma pessoas que não vai conseguir pagar a multa e não vai reparar o dano gerado”, disse o presidente do instituto, Luiz Tarcísio Mossato Pinto. Mesmo assim, foram R$ 100 mil em multas somente no litoral do estado.
O comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, coronel Daniel Berno, disse que a Polícia Militar trabalha em conjunto com o IAP para obter melhores resultados. “O importante é garantir a preservação do meio ambiente, auxiliando um ao outro. Assim as instituições, a comunidade e o governo do estado ganham”, avaliou. Nas fiscalizações foram apreendidos 400 metros de rede, 60 metros cúbicos de lenha, enxadas, motosserras e entre outras ferramentas.
As principais denúncias recebidas pelo telefone 0800-643-0304, do IAP, informam sobre poluição sonora, desmate, pesca predatória, desrespeito à restinga, disposição irregular de resíduos, esgoto clandestino, acidentes ambientais e solicitação de resgate de animais silvestres.
INTERIOR – A Operação Verão está em represas e reservatórios do interior. Em Paranavaí, Norte do Paraná, blitze educacionais são realizadas nas rodovias da região para orientar e conscientizar os motoristas e suas famílias sobre a importância de preservar a natureza e dar destinação correta ao lixo. Foram abordados mais de 50 veículos.
A maior parte das apreensões e autuações da região está relacionada à pesca predatória. Nessa época do ano a pesca só é permitida para peixes exóticos (que não são nativos daquela região) e de barranco com a vara. O motivo da proibição é a chamada piracema, período de defeso e reprodução dos peixes.
O chefe regional de Paranavaí, Mauro Braga, explica que durante o ano passado foram feitas ações de conscientização para a população local. “A pesca, quando feita em arrastão ou na rede, captura também peixes pequenos que ainda não se reproduziram”, explica.
Ao todo, as fiscalizações apreenderam mais de 42 espinhéis, 93 anzóis de galho, 1.210 metros de rede, barco, lancha, 255 quilos de pescado e armas. Foram lavrados mais de R$ 60 mil em multas. Quanto à fiscalização de caça foram autuados cinco caçadores, apreendidos 34 pássaros silvestres, 27 gaiolas, sete alçapões, pacas, tatus e partes de animais. Além das apreensões também foram autuadas duas construções irregulares em áreas de proteção permanente.
Os números foram apresentados na semana passada, no Parque Estadual do Rio da Onça, em Matinhos. Também estiveram presentes o presidente do Instituto das Águas, Marcio Nunes, e servidores das instituições. O objetivo é dar transparência às ações desenvolvidas pelo órgão ambiental durante os meses de maior movimento.

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