160 cidades têm orientação técnica para plano de arborização

São projetos executados com critérios técnicos, espécies indicadas, sem interferência na fiação elétrica. Mais de 270 gestores municipais passaram por capacitação feita pelo Governo do Paraná. A presença de árvores melhora a qualidade de vida e valoriza os imóveis
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13/10/2017 - 08:00

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As cidades paranaenses estão plantando mais árvores nas ruas, com critérios técnicos, espécies indicadas e sem interferência na fiação elétrica. A presença de árvores melhora a qualidade de vida das pessoas e contribui para valorizar imóveis. Segundo a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano, nos últimos anos, 158 municípios executaram planos de arborização urbana.

Os gestores destas cidades passaram pela capacitação ofertada pelo Governo do Estado, desde 2012, para planejar e fazer a arborização. Cerca de 270 profissionais já participaram do curso, que foi concebido e é ministrado pela Secretaria do Desenvolvimento Urbano, em parceria com o Instituto Ambiental do Paraná, Copel e o Ministério Público do Paraná.

Toledo, na região Oeste é um exemplo. O município conta com mais de 106 mil árvores, de 93 espécies diferentes. Paulo Jorge Silva de Oliveira, engenheiro florestal da prefeitura, explica que depois da execução do plano, foi feito o plantio de cerca de 15 mil novas árvores, tudo de acordo com as características de cada bairro, a convivência com a fiação elétrica e respeitando a escolha de espécies mais indicadas.

No município existiam mais de seis mil árvores da espécie Falsa Murta, não indicada para a arborização urbana porque pode causa alergia nas pessoas. Depois do plano, cerca de 2 mil árvores de Falsa Murta já foram substituídas.

“O apoio do Estado foi fundamental para conscientizar os municípios sobre a importância da arborização”, afirma Paulo Jorge Silva de Oliveira. “No curso a gente pode se inteirar não só da legislação, mas também das vantagens que a arborização urbana proporciona. Toledo está avançando e os benefícios já são sentidos pela população, desde o controle térmico e o embelezamento da cidade, até a valorização dos imóveis”, afirma o engenheiro florestal.

Ele contou que em 2012, foi feito um levantamento técnico e constatou-se que a arborização era muito pequena em Toledo. Com o plano, houve avanços significativos, tanto nas espécies plantadas como no aumento da área com árvores, inclusive em loteamentos.

CENÁRIO URBANO - A presença de árvores nas cidades traz benefícios estéticos, contribuindo para o cenário urbano, para amenizar microclimas, reduzir a poluição, interceptar a água da chuva, além de servir de refúgio para a fauna. Há também benefício socioeconômico, com a valorização de imóveis.

Segundo o engenheiro florestal José Volnei Bisognin, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), um dos ministrantes do curso, para que essas vantagens se concretizem é preciso planejamento, já que a arborização mal manejada pode trazer uma série de problemas para os municípios.

“A arborização de vias quando mal planejada, pode acarretar a dificuldade de circulação de pessoas, o entupimento de encanamentos pluviais, problemas na fiação elétrica e na segurança. O plano é um levantamento completo das espécies adequadas, o que tem que ser retirado, o que tem de ser plantado, onde e como isso deve ser feito”, explica.

CONSCIENTIZAÇÃO - Em Maripá, também no Oeste, o avanço com a execução do plano pode ser sentido na própria conscientização das pessoas. O engenheiro florestal da prefeitura, Max Roger Ludtke, diz que na cidade existem mais de 4 mil árvores plantadas e que, após o plano, cerca de 500 espécies foram readequadas.

“O apoio do Estado foi essencial para que a gente pudesse ter uma visão melhor na parte de inventário florestal, em relação ao tamanho e diversidade das espécies, arborização nas avenidas, aos afastamentos do meio-fio e sinalização. Além disso, a cidade está muito mais bonita e colorida, já que é tradição aqui plantar mudas de orquídeas em cada árvore”, disse ele.

“A presença das árvores reflete na qualidade de vida de quem mora na cidade. As árvores proporcionam bem-estar, sombreamento e diminuição da temperatura, proteção do vento, amortecimento da poluição sonora e preservação da fauna”, afirma.

ESPÉCIES NATIVAS - Campo Mourão, no Centro-Oeste, também já protocolou seu plano de arborização urbana. De acordo com Eber Romanczuk, técnico agrícola da prefeitura, o projeto foi elaborado dentro das normas ambientais, priorizando espécies nativas com resistência as condições climáticas da região, como Pitanga, Ipê amarelo, canela e escovas de garrafa. Já está acontecendo a substituição de árvores mais velhas e inadequadas, em toda a cidade. No município existem cerca de 27 mil árvores.

“O Plano nos ajudou a ter uma noção melhor do que se deve e onde se deve plantar. Antigamente isso era feito de qualquer jeito e causava inúmeros problemas. Hoje, temos essa ferramenta em mãos, para inclusive, argumentar com a população sobre os motivos dessas mudanças na cidade”, ressalta.

MUDAS - Além da capacitação, a Copel contribui com a plantação de árvores nas cidades. Nos últimos dez anos, o Programa Florestas Urbanas já plantou 40 mil mudas de árvores nos municípios atendidos pela companhia. O programa inclui ações feitas pela Copel em conjunto com prefeituras.

 

 

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