Tecpar e UEPG desenvolvem novo dispositivo para hemodiálise

07/12/2018
Pacientes que necessitam de hemodiálise poderão contar, no futuro, com um novo dispositivo que está sendo desenvolvido com a colaboração do Tecpar, Instituto de Tecnologia do Paraná, e a Universidade Estadual de Ponta Grossa. Único no mundo, o produto em desenvolvimento pela empresa Da Capo Inovações em Saúde está em fase de estudos pré-clínicos no Tecpar e trará mais qualidade de vida aos pacientes. Hoje, para fazer hemodiálise, o paciente precisa se submeter à cirurgia de construção de Fístula Artério-Venosa, que torna possível a conexão do paciente com a máquina de hemodiálise. Este é o procedimento pelo qual uma máquina limpa e filtra o sangue, fazendo parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. Segundo Josuê Bruginski de Paula, coordenador do grupo de pesquisas, a Fístula AV falha em 10 a 30% dos pacientes e apresenta uma alta incidência de complicações, sendo a principal causa de internamento entre os pacientes em hemodiálise, correspondendo a 25% do total. O novo produto, porém, dispensa a fístula, tornando indolor, rápida e precis a punção dos vasos sanguíneos, com maior segurança. Para chegar até os pacientes brasileiros, porém, o produto precisa ser registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o que exige uma série de estudos, como explica a gerente do Centro de Experimentação Biológica do Tecpar, Meila Bastos de Almeida.// SONORA MEILA BASTOS.//

A pesquisa é a primeira a ser apoiada pelo Laboratório de Técnicas Operatórias e Cirurgia Experimental, que é coordenado pelo Tecpar e pela UEPG. O grupo de pesquisas é formado pelo médico, inventor, fundador da Da Capo e professor da UEPG, Josuê Bruginski de Paula; pelo diretor-presidente do Tecpar, Júlio Felix; pelo diretor Industrial do Tecpar, Rodrigo Silvestre; pela médica veterinária e gerente do Centro de Experimentação Biológica do Tecpar, Meila Bastos de Almeida; pela bolsista e médica veterinária Ariane Hruschkla; Leandro Cavalcante Lipinski, médico veterinário e professor da UEPG; e pelos cirurgiões vasculares da UEPG Ricardo Zanetti Gomes e Cesar Roberto Busato. (Repórter: Wyllian Soppa)