Secretaria da Saúde divulga resultados da campanha de Logística Reversa no Paraná
20/12/2018
Mais de duas toneladas de resíduos de medicamentos foram recolhidas no Paraná entre 15 de agosto e 15 de outubro deste ano, nos 250 pontos de coleta em 92 municípios, da Campanha de Logística de Reversa de Medicamentos. O balanço, divulgado nesta semana pela Secretaria de Estado da Saúde, teve como objetivo conscientizar a população de que medicamentos não são como o lixo comum e devem ser descartados de forma específica. Com substâncias químicas, biológicas ou hormonais, os remédios possuem grande poder contaminante e por isso precisam de tratamento especial, desde a coleta, para não causarem risco à população. Se o material acaba em um aterro sanitário, se associa ao chorume do lixo comum e pode chegar ao terreno subterrâneo, contaminando o lençol freático. O diretor do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Santana, disse que a campanha foi um marco histórico para o Paraná, alertando para o grave problema do descarte irregular de medicamentos.// SONORA PAULO SANTANA//Se o medicamento vai para o esgoto, pode chegar diretamente ao meio ambiente, poluindo rios, lagos e solo ou então acaba numa estação de tratamento, que nem sempre consegue eliminar totalmente a substância da água. A queima a céu aberto é outra forma de descarte inadequado com graves consequências ambientais. O diretor Paulo Santana lembra que a responsabilidade sobre a destinação adequada dos medicamentos domiciliares em desuso é compartilhada entre todos os envolvidos na cadeia de medicamentos.// SONORA PAULO SANTANA//Os estabelecimentos que comercializam ou distribuem esses produtos são responsáveis pelo recebimento dos medicamentos da população e armazenamento até o recolhimento para destinação final. Os fabricantes, importadoras e revendedoras se responsabilizam pela coleta, transporte e destinação ambientalmente adequada dos resíduos. A caixa receptora usada durante a campanha foi desenvolvida pela empresa Embrart Embalagens Inteligentes, em parceria com o Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose, Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado do Paraná. O coletor é feito de papelão, possui um compartimento para descarte do medicamento e outro para os materiais recicláveis, como bulas e embalagem secundária. No momento da retirada dos resíduos de medicamentos coletados, o refil é retirado e lacrado, e substituído por um novo. (Repórter: Priscila Paganotto)