Secretaria da Saúde confirma quatro casos de botulismo no Paraná

16/03/2012
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou nesta sexta-feira, quatro casos de botulismo alimentar no Paraná, ocasionados pelo consumo de um tipo de salsichão na forma crua. Os casos foram registrados nos meses de janeiro e fevereiro deste ano e confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência de São Paulo, no ultimo dia 14. Três casos foram registrados no município de Alto Piquiri e um caso em Iporã. Duas pessoas morreram, uma permanece internada em estado grave e uma já teve alta. Para anunciar as confirmações, a secretaria reuniu representantes da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, do Ministério da Agricultura e Pecuária, do Conselho Regional de Medicina Veterinária, da Secretaria Municipal de Alto Piquiri, da 12ª Regional de Saúde em Umuarama, do Sindicato do Médicos Veterinários e do Ministério Público. A empresa produtora também foi convidada, mas não enviou representante. O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz explicou que o botulismo alimentar é uma doença grave de início súbito e difícil diagnóstico. Ela causa paralisia dos músculos, podendo ocasionar a morte. Poucas doenças fazem um quadro clínico parecido. // SONORA SEZIFREDO PAZ// O superintendente explicou que os dois pacientes que estão vivos receberam o soro antibotulínico em tempo. Um terceiro paciente chegou a receber o soro, mas como tinha outras doenças não sobreviveu. De acordo com a investigação feita pela vigilância epidemiológica, evidências mostram que os quatro pacientes consumiram o salsichão Piquiri em náilon de maneira crua, o que é hábito na região. Ainda durante a investigação, a Vigilância Sanitária Estadual determinou a interdição cautelar de todos os lotes do Salsichão Piquiri em náilon, fabricado pela Indústria e Comércio de Carnes e Frios Richter Ltda de Alto Piquiri, por suspeita de contaminação dos produtos por toxina botulínica. Somente a 12ª Regional de Saúde recolheu 934 quilos do produto para que sejam inutilizados. A empresa também foi orientada a parar a produção até que possa devolver ao comércio o produto seguro para consumo. Sezifredo Paz explicou que a partir da confirmação dos casos, que são raros, a Secretaria da Saúde propôs a criação de um grupo de trabalho para redirecionar as ações de fiscalização de produtos de origem animal. // SONORA SEZIFREDO PAZ// O coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Defesa do Consumidor do Ministério Público, Ciro Scheraiber, enfatizou que o MP vai fazer um trabalho preventivo para garantir que os produtos comercializados sejam seguros. // SONORA CIRO SCHERAIBER // O Ministério da Saúde encaminhou uma carta ao Centro de Investigação e Respostas Rápidas de Vigilância em Saúde parabenizando a equipe do Paraná pela condução e conclusão do caso. (Repórter: Maria Eduarda Buchi)