Resíduos orgânicos da Ceasa de Curitiba viram ração animal
02/12/2011
A transformação de cem por cento do resíduo orgânico gerado na comercialização de hortigranjeiros da Ceasa de Curitiba em ração para gado chamou a atenção da Ceasa de Campinas, que enviou a engenheira civil Adriana Campos, responsável pela área de gestão de meio ambiente da empresa, para conhecer o sistema. A Ceasa do Paraná, em parceria com a OrganoBem, encontrou uma alternativa de uso para um material que era direcionado aos aterros sanitários, sem nenhum tratamento. De acordo com o diretor comercial da Ceasa, Eduardo Pimentel, são cerca de 40 toneladas por dia de material orgânico que segue para uma usina de reciclagem, onde é processado e vira ração.// EDUARDO PIMENTEL.// Em outubro deste ano, as 700 toneladas de resíduos retiradas da Ceasa de Curitiba alimentaram cerca de 800 cabeças de gado que chegam a ganhar até uma arroba num mês. Passado um tempo médio de confinamento de 90 dias alimentados exclusivamente com a ração obtida a partir dos hortigranjeiros, os animais atingem o peso desejável, e são enviados para o abate. Segundo o diretor da Ceasa, a ação em conjunto com a empresa será expandida no próximo ano.// SONORA EDUARDO PIMENTEL.// Mensalmente são coletadas em torno de mil e trezentas toneladas de resíduos na Ceasa de Curitiba, entre orgânicos, recicláveis e rejeitos, oriundos das sobras de uma comercialização média de 57 mil toneladas. Parte da sobra diária que mantém padrões de consumo é selecionada, higienizada e destinada à doação para entidades sociais cadastradas no Banco de Alimentos. Porém, do total, sobram ainda em média 40 toneladas por dia de orgânicos, que deixam de ir para os aterros com a nova destinação dada pela Ceasa. (Repórter: Amanda Laynes)