Publicação do Instituto Agronômico do Paraná discute alternativas ao cultivo do tabaco

02/11/2011
O Centro-Sul do Paraná é uma das regiões de menor Índice de Desenvolvimento Humano do Estado, em torno de 18% vivem abaixo da linha da pobreza. A população é predominantemente rural e boa parte dela sobrevive da cultura do tabaco, e em algumas cidades passa de 50%. A agricultura familiar concentra a maior área ao plantio de fumo do estado. Pensando em pesquisar outras potencialidades para essas famílias, um estudo do Iapar, o Instituto Agronômico do Paraná, avaliou o consórcio do tabaco com outras culturas em sistema agroecológico. O resultado está no Boletim Técnico Diversificando Áreas com Cultivo do Tabaco, autoria dos pesquisadores Dirk Ahrens, Rafael Fuentes e Róger Milléo. De acordo com Fuentes, o Brasil faz parte de um grupo de países que busca reduzir o consumo de tabaco no mundo. Há seis anos o Ministério do Desenvolvimento Agrário lançou um programa para trazer novas opções aos fumicultores. Ele explicou que o objetivo é criar novas oportunidades de geração de renda e qualidade de vida às famílias. As pesquisas mostraram que a diversificação é uma das únicas estratégias viáveis para diminuir a dependência do tabaco, que deixa o produtor muito vulnerável do mercado pela forte dependência da indústria fumageira. Os estudos comprovam que o fumo pode ser totalmente substituído nas propriedades desde que haja agregação de valor aos produtos. O Boletim Técnico Diversificando Áreas com Cultivo do Tabaco é dirigido a técnicos e extensionistas. A publicação custa 8 reais e pode ser adquirida na Área de Difusão de Tecnologia do Iapar pelo telefone (43) 3376-2373 ou pelo site www.iapar.br. (Repórter: Maria Eduarda Buchi)