Porto de Paranaguá adapta espaços para receber veículos

03/08/2011
A Appa, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, adaptou espaços alternativos ao longo do cais para acomodar os veículos que vêm se acumulando no terminal em razão das restrições comerciais entre Brasil e Argentina, que tornam lento o processo de liberação de produtos oriundos do país vizinho. Há mais de 13 mil veículos na área primária no terminal, quando a capacidade do Porto, nos dois pátios para veículos, é de seis mil e quinhentos carros. A medida adotada pela Appa minimiza os efeitos da crise e foi bem recebida pelos usuários do porto. Desde maio, o Brasil não concede mais licenças automáticas para a importação de alguns produtos argentinos. A medida veio como resposta a restrições semelhantes adotadas pela Argentina contra produtos brasileiros, em fevereiro deste ano. O resultado das sanções foi a burocratização no processo de liberação dos produtos importados da Argentina, que tem levado até 90 dias. Com as licenças automáticas que vigoravam anteriormente, este prazo não passava de 10 dias. De acordo com o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron, o porto está trabalhado para pôr fim aos efeitos da crise. Segundo Maron, um terceiro pátio para veículos, com capacidade para 2.500 unidades, está em processo de alfandegamento e deve ser liberado em poucos dias. Maron afirmou que a política determinada pelo governador Beto Richa é de atendimento às demandas dos usuários do porto, estabelecendo uma parceria. Ele afirmou que os técnicos têm trabalhado para encontrar as melhores soluções e obtendo bons resultados.// SONORA AIRTON MARON//Com isso, o Porto aumenta a capacidade de armazenagem de veículos em 30%, o que permite atender melhor a demanda. A burocratização acontece justamente num período em que a movimentação de veículos está em alta. O Porto de Paranaguá é o terceiro porto brasileiro que mais importa veículos, correspondendo a doze por cento das importações totais do segmento, ficando atrás dos portos de Santos e Vitória. (Repórter: Maria Eduarda Buchi)