Polícia Civil do Paraná já fez mil retratos falados pelo sistema Horus, que utiliza composições fotográficas e artísticas disponibilizadas pela Polícia Federal
29/10/2018
A Polícia Civil do Paraná alcançou neste mês de outubro a marca de mil retratos falados realizados pelo sistema Horus, implantado em 2010. O sistema utiliza composições fotográficas e artísticas disponibilizadas por um banco de dados próprio da Polícia Federal. Com oito anos de funcionamento, o setor de retrato falado foi criado para auxiliar na resolução de crimes, tendo grande participação na elucidação de casos de estupro, homicídio, roubo e estelionatos, quando não é possível identificar o suspeito por outros meios. De acordo com o Chefe do Setor de Representação Facial Humana do Instituto de Identificação, Eduardo Helm Junior, pelo sistema Horus, a partir de escolhas de caracteres distintivos de faces, que possibilita reconstruir imagens de agressores ou autores de delitos graves, a polícia pode desenvolver as feições de suspeitos, promovendo a identificação parcial e não absoluta da pessoa procurada. Além da tecnologia, o trabalho envolve outras vertentes, como o atendimento individualizado e especializado às vítimas e testemunhas. Eduardo Helm explica que a vítima é recebida em uma sala onde é detalhado como o trabalho é feito, mostrando que ela não precisa descrever o suspeito e sim, achar um rosto semelhante no banco de dados.// SONORA EDUARDO HELM JUNIOR.// Tendo consciência da possível situação de fragilidade da vítima, especialistas proporcionam um atendimento diferenciado para cada indivíduo. Vale ressaltar a larga experiência em lidar com as mais variadas situações e tentar conseguir estabelecer uma relação concisa e completa, sempre focando na precisão da imagem que auxilia na investigação policial. As testemunhas são recebidas em uma sala própria, em horário previamente agendado por telefone. Cabe a autoridade policial, judicial ou representante do Ministério Público solicitar que vítimas ou testemunhas façam o retrato falado. Isso porque, primeiramente, eles verificam se a pessoa conseguiu visualizar, de modo satisfatório, o suspeito e de fato possa contribuir com o processo investigatório. Segundo Eduardo Helm, depois de finalizado o retrato, a vítima ou testemunha emite o parecer quanto ao grau de semelhança do retrato falado com o suspeito.// SONORA EDUARDO HELM JUNIOR.// A polícia orienta que caso alguém seja testemunha de um crime, é preciso visualizar bem a face do suspeito. Para colaborar com a investigação, a pessoa pode procurar a Polícia Civil ou ir até a delegacia responsável pela situação. A pessoa será encaminhada para a confecção do retrato falado e a identidade será preservada. (Repórter: Amanda Laynes)