Paraná vai ampliar uso de testes rápidos para diagnosticar hepatite
28/07/2011
O Paraná vai intensificar a aplicação de testes rápidos para o diagnóstico das hepatites virais, além de reforçar a estratégia de vacinação contra a hepatite B, que tem vacina na rede pública desde o nascimento até os 29 anos. A informação foi dada durante a 1ª Jornada Paranaense de Hepatites Virais e Transmissão Vertical, iniciada nesta quinta-feira, em Curitiba. O evento marca o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Nesta quinta foram realizadas palestras sobre diagnóstico e dados epidemiológicos da doença, dirigidas a profissionais de saúde. O secretário Michele Caputo Neto participou do evento nacional, em Brasília, onde também participa da reunião mensal do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, do qual é vice-presidente da região Sul. O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, informou que o Paraná vai intensificar a aplicação de testes rápidos para o diagnóstico das hepatites virais, além de reforçar a estratégia de vacinação contra a hepatite B.// SONORA SEZIFREDO PAZ// Outra estratégia da Secretaria da Saúde será incentivar o trabalho de notificação da doença, que ainda é muito baixa, o que prejudica a vigilância. A Organização Mundial da Saúde estima que entre 1 e 2% da população mundial seja portadora de algum vírus de hepatite, sem no entanto ter conhecimento do diagnóstico. O coordenador do programa de Hepatites Virais da Secretaria de Saúde, Renato Lopes, alerta que a maioria das vezes a doença é assintomática e por isso o diagnóstico é tardio, o que prejudica o tratamento e uma possível cura. Além disso, Lopes afirmou que o número de doentes é subestimado, porque muitas vezes o paciente desconhece que esta com Hepatite// SONORA RENATO LOPES// O diretor do departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná, Newton Sérgio de Carvalho, parceiro do evento da Sesa, disse que é essencial diagnosticar as gestantes portadoras da Hepatite B. Quando não diagnosticado previamente, os filhos de mães portadoras de hepatite B podem desenvolver cirrose e câncer de fígado antes de completar 20 anos de idade. As hepatites virais são doenças infectocontagiosas que causam inflamações e infecções no fígado e que em alguns casos podem evoluir para cirrose e câncer. Os tipos mais comuns de hepatite são transmitidos pelos vírus A, B e C. Nesta sexta-feira, a partir das dez e meia da manhã, no auditório da maternidade do Hospital das Clínicas, em Curitiba, o professor Geraldo Duarte, da Universidade de São Paulo, comandará a conferência Hepatites Virais e Gravidez, como encerramento da Jornada Paranaense. (Repórter: Maria Eduarda Buchi)