Paraná é referência em tratamento de acidentes com aranhas-marrom

27/11/2018
Durante o Fórum Nacional de Acidentes com Animais Peçonhentos, promovido até esta segunda-feira em Curitiba pelo Ministério da Saúde, a Secretaria da Saúde do Paraná apresentou a experiência na produção do soro contra o veneno da aranha-marrom e ações de combate e prevenção aos acidentes com animais peçonhentos. A superintendente de Vigilância, da Secretaria de Estado da Saúde, Júlia Cordellini, participou da mesa de abertura do Fórum e destacou as ações do Governo do Estado na área da proteção e prevenção de acidentes com animais peçonhentos.// SONORA JÚLIA CORDELLINI.//
Segundo Júlia Cordellini, o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Paraná é o único do país a produzir soro contra acidentes com aranha-marrom. O animal é perigoso e a picada dele pode levar a pessoa à morte. O soro produzido no Paraná é distribuído pelo Ministério da Saúde para todo o Brasil.// SONORA JÚLIA CORDELLINI.//
Participaram do seminário aproximadamente 100 profissionais da saúde da área de vigilância e atenção primária, além de professores, pesquisadores, especialistas dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica de todo Brasil, estudantes e interessados no assunto. O Fórum também teve como objetivo atualizar o Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos, que teve a última edição produzida em 2001. A superintendente Júlia Cordellini reforça a necessidade imediata de atualização dos protocolos clínicos, ampliando as diretrizes com base em evidências.// SONORA JÚLIA CORDELLINI.//
De todas as notificações de acidentes com aranha-marrom registrados no Brasil, 75% são do Estado do Paraná. No ano passado, foram contabilizados 4 mil e 133 acidentes. Aproximadamente 15 ampolas de soro produzidas pelo Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Paraná podem salvar até três pessoas que tenham sofrido acidente grave ou moderado. A aranha-marrom tem hábitos noturnos, quando sai à caça de alimento. Nesse momento podem se esconder em roupas, toalhas, roupas de cama e calçados. Por esse motivo, é preciso sempre prestar muita atenção antes de calçar os sapatos e vestir roupas. No ato da picada, na maioria das vezes não há dor. Mas cerca de 12 horas depois ocorre um inchaço na região afetada e febre. As alterações locais mais comuns são dor em queimação, vermelhidão, mancha roxa, inchaço, bolhas, coceira e endurecimento da pele. Outras manifestações podem ocorrer dias após o acidente, como necrose, dor de cabeça, mal-estar geral, náusea e dores pelo corpo. A vítima deve procurar o quanto antes a Unidade de Saúde mais próxima. (Repórter: Amanda Laynes)