Paraná amplia licenciamento de pequenas centrais hidrelétricas

02/03/2018
O governador Beto Richa visitou nesta sexta-feira a PCH, Pequena Central Hidrelétrica Tigre, localizada em Mangueirinha, no Sudoeste do Estado. A PCH opera desde 2016, quando obteve licenciamento ambiental concedido pelo IAP, Instituto Ambiental do Paraná. O Governo do Estado retomou em 2011 a emissão de licenças para empreendimentos hidrelétricos de médio impacto ambiental, que estavam suspensos desde 2003. Beto Richa disse que em oito anos de gestão foram licenciados 66 projetos como esse para geração de energia no Estado. // SONORA BETO RICHA //
Instalada no Rio Marrecas, a PCH Tigre é de propriedade da empresa Tigre Produção de Energia Elétrica. A usina possui reservatório de 41,6 hectares, com capacidade de gerar até nove megawatts de energia. O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, explicou que esse tipo de empreendimento não agride o meio ambiente. // SONORA VALDIR ROSSONI //
O sócio da PCH, João Carlos Pedroso, também informou que a usina gera uma quantia grande de retorno financeiro à economia local. // SONORA JOÃO CARLOS PEDROSO //
Assim como as Centrais Hidrelétricas de Energia, as PCHs são empreendimentos hidrelétricos de médio impacto ambiental. Elas têm potência máxima de produção de 30 megawatts. Este tipo de hidrelétrica é usado principalmente em rios de pequeno e médio porte com o aproveitamento da geografia natural do percurso, gerando potência hidráulica suficiente para movimentar as turbinas. Todo o processo de concessão de uma PCH no País é conduzido pela Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, órgão regulador ligado ao governo federal. Aos estados, cabe apenas a análise ambiental dos projetos. O diretor-presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, contou que mais de mil megawatts de energia são garantidos por esses projetos ao Estado. // SONORA LUIZ TARCÍSIO MOSSATO PINTO //
No Paraná, os pedidos de licenciamento ambiental são avaliados por técnicos de carreira do Estado que compõem o Grupo Especial de Licenciamento do IAP, Instituto das Águas e outras secretarias, composto por profissionais das áreas da biologia, economia e engenharias florestal, química e civil. Para a operação, as usinas precisam de três licenças ambientais. Somente na região Sudoeste, outras 25 usinas estão em processo de licenciamento. Ao todo, 88 municípios paranaenses são beneficiados, direta ou indiretamente, por esses empreendimentos hidrelétricos. (Repórter: Gustavo Vaz)