Nova comissão vai coordenar controle da raiva no Paraná

27/10/2011
O Governo do Paraná vai instituir uma nova Comissão de Controle da Raiva, que em humanos é letal na maioria dos casos e atinge aproximadamente 55 mil pessoas no mundo por ano. Além disso, não há registro de pessoas que tenham sobrevivido à infecção do vírus da raiva sem apresentar sequelas graves. A comissão, que vai se reunir a cada 60 dias, vai possibilitar o compartilhamento de dados e estratégias. Fazem parte do grupo secretarias estaduais da Saúde, da Agricultura e do Meio Ambiente, o Instituto Ambiental do Paraná, o Ibama, e os Ministérios da Saúde e da Agricultura e Abastecimento. A raiva, apesar de controlada na espécie canina, ainda oferece risco porque há circulação viral nos morcegos que se alimentam de sangue. O controle da raiva pode ser feito através da vacina, tanto dos animais domésticos, como dos animais de criação. Outra ação é a vigilância de animais silvestres, como gambás, raposas e quatis, que também são suscetíveis aos ataques desses morcegos. A responsável pelo controle da raiva em herbívoros da Secretaria da Agricultura, Elzira Jorge Pierre, disse que o trabalho para a identificação dos morcegos que se alimentam de sangue é realizado de acordo com o Programa Nacional de Controle da Raiva.//
Outra ação da Comissão é de produzir material informativo para orientar a população dos riscos de contrair a doença. De acordo com a coordenadoria do programa de controle da Raiva da Secretaria da Saúde, a doença deve ser explicada a crianças nas escolas, para que elas identifiquem o risco a que estão sujeitas ao brincar com um morcego ou um cão de rua. De acordo com a coordenadora do programa de controle da raiva da Secretaria da Saúde, Márcia Zinelli, a vigilância da raiva deve ser constante porque existem possibilidades de contágios em muitos lugares.// SONORA MARCIA ZINELLI//
Nos anos de 1968 e 69, aconteceu uma epidemia de raiva no Paraná, quando 222 cães e 11 pessoas morreram em Curitiba. Com a padronização da vacina e do tratamento e a vacinação de casa em casa, a doença foi controlada em cinco anos na capital. Atualmente só é feita a vacinação canina e felina compulsória em 11 municípios da Região Oeste, porque fazem fronteira com o Paraguai. (Repórter: Priscila Paganotto)