Município da Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba, se destaca na produção de frutas com caroço

09/10/2018
O município da Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba, é um dos principais produtores do Paraná de frutas com caroço, como pêssego, ameixa e nectarina. No ano passado, segundo o Deral, Departamento de Economia Rural, órgão ligado à Secretaria de Estado de Agricultura e do Abastecimento, a cidade colheu uma tonelada e 400 quilos dessas três culturas, o que gerou 3 milhões e 360 mil reais, ou 14,8% do Valor Bruto de Produção da fruticultura do Estado. Parte desse cenário é fruto do trabalho do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, Emater-Paraná, que chegou ao município no final da década de 50. Desde aquela época a entidade desenvolve projetos na região, dá assistência técnica e dicas sobre como cuidar da lavoura, faz visitas rotineiras aos produtores e ajuda com a comercialização de produtos. Das 60 comunidades que formam o município, o sétimo maior em extensão territorial do Paraná, 21 são atendidas pela Emater. De acordo com o gerente municipal do Instituto na Lapa, Hélio Skiba, são escolhidas as comunidades que têm agricultores familiares que precisam de uma assistência técnica mais efetiva.// SONORA HÉLIO SKIBA.//Uma dessas comunidades é Primeiro Faxinal, com cerca de 25 produtores rurais, cada um com pouco mais de 15 hectares de terras. Por lá, a entidade desenvolve projetos de fruticultura, olericultura, estufas, diversificação de culturas, cultivo protegido e até planejamento de sistema de irrigação, como no caso do produtor Amilton Dias, 51 anos. O agricultor e a Emater estão discutindo uma forma de irrigar toda a propriedade dele que soma cerca de seis hectares. Amilton reforça que o Instituto Emater está sempre presente.// SONORA AMILTON DIAS.//A produção anual é de 80 toneladas de pêssego por safra. Todo ano, Amilton e os outros agricultores também participam da vitrine tecnológica, um evento preparado pelo Emater, em conjunto com o Iapar, com o objetivo de levar informações atualizadas e novas técnicas aos agricultores familiares. No último encontro, promovido no primeiro semestre deste ano, Amilton conta que aprendeu a técnica do raleio químico, prática que tem como finalidade melhorar dar mais qualidade e aumentar o tamanho dos frutos, e obteve conhecimento sobre os produtos que podem ser utilizados.// SONORA AMILTON DIAS.//Outra comunidade assistida pelo Emater é a Colônia Municipal, que tem cerca de 25 produtores rurais. Por lá, além de fruticultura e olericultura, a Emater também desenvolve projetos de agroindústria. Em 2012, por exemplo, o Valor Bruto de Produção da olericultura na Lapa era de 33 milhões e 700 mil reais com uma área plantada de mais de 3 mil hectares. Em 2016, o Valor Bruto da Produção cresceu 154%, apesar de a área ter diminuído para 2 mil e 407 hectares. Os produtores Dirley e Flávio Lechinski moram na Colônia Municipal e são atendidos pelo Emater. Segundo Dirley, a relação da entidade com o casal começou há cerca de 15 anos, quando um proprietário da região falou que faltavam tomates na Lapa e lançou um desafio para ver quem produziria.// SONORA DIRLEY LECHINSKI.//Hoje, o casal Lechinski tem uma propriedade com um alqueire e meio onde produz hortaliças, como couve-flor, brócolis, alface, beterraba, cenoura, quiabo, pimenta e tomate. Além disso, também trabalham com agroindústria, em uma cozinha montada com recursos adquiridos por meio do Emater. No espaço, Dirley transforma hortaliças e frutos em geleia, cristalizados e conservas. Os produtos, assim como os feitos por outros agricultores da região, são vendidos nas feiras montadas no município e na Casa Vermelha, espaço da Lapa que recebe turistas. (Repórter: Amanda Laynes)