Modernização dos portos do Paraná reduz multas do setor de fertilizantes em 72%
25/10/2018
Os custos de sobre-estadia para os importadores de fertilizantes por descumprimento dos prazos de contrato, a chamada demurrage, caiu cerca de 72% no Porto de Paranaguá, no Litoral do Estado, nos últimos sete anos. Os dados são de um estudo feito pelo Sindiadubos, o Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Paraná. Os dados são apresentados nesta quinta-feira, na 14ª Edição do Simpósio Sindiadubos, em Curitiba. Demurrage é a multa determinada em contrato, a ser paga pelo contratante de um navio, quando demora mais do que o acordado para carregar ou descarregar produtos. A redução das multas foi possível porque a Appa, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, fez um diagnóstico para descobrir onde estavam os principais gargalos que consumiam tempo e tornavam as operações menos ágeis. Os Portos de Paranaguá e Antonina possuem sete berços de atracação que podem ser usados para a operação de fertilizantes, sendo dois berços especializados e outros cinco alternativos. Os onze guindastes que operam com fertilizantes possuem capacidade de descarga de 132 mil toneladas por dia e 31 milhões de toneladas por ano. Após o término da greve dos caminhoneiros, em junho deste ano, o Porto de Paranaguá bateu recorde na descarga de granéis sólidos, com 41 mil e 305 toneladas de cevada e fertilizante em 24 horas. Paranaguá é o maior e mais importante porto na importação de fertilizantes do país, com 9 milhões e 500 mil toneladas desembarcadas por ano. O montante representa mais de 35% de todo o fertilizante importado pelo Brasil. A expectativa é de que com a conclusão das obras de Revitalização da Avenida Bento Rocha e a construção de um viaduto na entrada da cidade, ambas em andamento, será possível tornar ainda mais ágil a descarga de fertilizantes. (Repórter: Priscila Paganotto)