Indústria do Paraná volta a crescer, depois de três anos
09/02/2018
Depois de três anos de resultados negativos, a indústria do Paraná voltou a crescer e encerrou 2017 com um aumento de 4,4% na produção. A indústria do Paraná avançou quase o dobro da brasileira, que fechou o ano com alta mais tímida, de 2,5%, na mesma base de comparação. Foi o terceiro melhor desempenho do País, atrás do Pará e Santa Catarina. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada na última quinta-feira pelo IBGE. Com o resultado de 2017, o Estado conseguiu interromper a sequência de resultados ruins gerados pela desaceleração da economia. Com a recessão, a indústria colocou o pé no freio nos investimentos, cortou produção e empregos. Em 2016, a queda na produção industrial havia sido de 4,4%, em 2015 e em 2014. De acordo com Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social, o ponto positivo é que se trata de uma recuperação abrangente, de vários segmentos industriais no Estado.// SONORA JULIO SUZUKI JUNIOR.// Das 13 áreas pesquisadas pelo IBGE, 10 tiveram aumento na produção. Julio Suzuki ainda ressalta que as maiores altas foram registradas na produção de máquinas e equipamentos, que cresceu 33,6%.// SONORA JULIO SUZUKI JUNIOR.// As montadoras retomaram o ritmo no chão de fábrica com a venda de automóveis principalmente para a Argentina e com a recuperação das vendas no mercado interno. O setor teve alta na produção de 16,4%. Além da melhora do cenário de crédito, o lançamento de novos modelos ajudou a impulsionar a produção. O aumento da produção também fez a indústria voltar a contratar. No ano passado, o setor gerou um saldo positivo de 7 mil e 396 de empregos com carteira assinada no Estado. Foi o segundo maior saldo, só atrás do setor de serviços. Segundo Julio Suzuki, a previsão para 2018 é de consolidação da recuperação do setor.// SONORA JULIO SUZUKI JUNIOR.// Entre os outros setores que se destacam estão a produção de minerais não metálicos, que abrange a área de cimento e calcário, borracha e material plástico; bebidas; produtos de madeira; móveis; papel e celulose e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos. Os resultados negativos vieram da indústria de alimentos, que recuou 1,1% no ano, derivados de petróleo e biocombustíveis e produtos químicos. (Repórter: Amanda Laynes)