Governo do Paraná monta grupo de especialistas para pesquisar águas-vivas

27/01/2012
O Governo do Estado montou um grupo de especialistas para descobrir causas do aparecimento numeroso de águas-vivas no litoral. Os estudos estão sendo coordenados pelo Instituto Ambiental do Paraná, o IAP, sob orientação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde. Técnicos desses órgãos e do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná e da Universidade de São Paulo participam do trabalho. Os especialistas vão identificar as espécies de águas-vivas, a população e tempo de permanência delas na costa paranaense. Também serão discutidas possíveis ações para o controle populacional da espécie e como prever o aparecimento desses animais. De acordo com o biólogo Emanuel Marques, que acompanha a coleta de águas-vivas no Litoral, com o estudo será possível identificar os pontos das praias que devem ser interditados e por quanto tempo.// SONORA EMANUEL MARQUES.// Na próxima semana devem ser repassadas as novas informações sobre o fenômeno, as causas e os efeitos no ecossistema do Paraná. A Secretaria Estadual de Saúde também tem orientado a população quanto ao risco de tocar nas águas-vivas e o que fazer se for queimado por elas. Segundo os dados da Secretaria, na temporada passada, foram registrados 508 acidentes com o animal marinho, enquanto neste verão foram quase 10 mil casos. Também há registros de acidentes com diferentes espécies de águas-vivas em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul nos últimos anos. Segundo a médica Lenora Rodrigo, que está avaliando os pacientes atendidos nos hospitais do Litoral, na praia, as pessoas devem buscar orientação com os guarda-vidas, que sabem quais locais estão próprios para banho.// SONORA LENORA RODRIGO.// As águas-vivas capturam alimento pelos tentáculos e não costumam atacar seres humanos. As queimaduras acontecem apenas quando são acidentalmente tocadas pelos banhistas. Elas têm a locomoção limitada e, por isso, dependem das correntes marítimas para percorrer grandes distâncias. Quando encalham na praia a recomendação dos especialistas é para enterrá-las na areia, mas, como mais de 90% da composição é água, elas tendem a desaparecer na medida em que o calor e o sol a atingem, de forma que a água-vida fica desidratada. (Repórter: Amanda Laynes)