Governo do Estado alerta para tráfico de pessoas durante o Carnaval

07/02/2018
A Secretaria de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos reforça a necessidade de cuidados especiais para prevenir o crime de tráfico humano durante o Carnaval. O número de vítimas em todo o mundo chega a superar 2 milhões e meio por ano e movimenta 32 bilhões de dólares. Segundo informações da Organização das Nações Unidas, 86% desse volume vem da exploração sexual de mulheres e meninas, e que 58% dos aliciadores são do sexo feminino. De acordo com Silvia Cristina Xavier, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná da Secretaria Estadual da Justiça, esse tipo de crime é mais comum durante o Carnaval.// SONORA SILVIA CRISTINA XAVIER.//
Dados das Nações Unidas revelam que as mulheres jovens, na faixa de 18 a 21 anos, solteiras e com baixa escolaridade, são o alvo principal das redes de aliciamento que operam no Brasil nesta época do ano. Muitos aliciadores são empresários que atuam em diferentes negócios, como agência de modelos, casas de espetáculos, comércios, agências de encontros, bares, agências de turismo e salões de beleza. Outra situação que facilita o tráfico humano durante o Carnaval é que para muitas famílias que trabalham na informalidade, essa época é de oportunidade para reforçar a renda. É comum a presença de crianças e adolescentes em locais de trabalho temporário. Silvia faz o alerta: não se pode deixar que a falta de oportunidade e o fato de não haver local para deixar os filhos façam com que as famílias coloquem as crianças em situação de maior vulnerabilidade.// SONORA SILVIA CRISTINA XAVIER.//
As vítimas de tráfico humano são submetidas à prostituição, trabalho forçado, e até retirada de órgãos ou adoção ilegal. Em caso de suspeita, a denúncia pode ser feita de forma anônima pelos telefones 100, 181 e 180. Qualquer fato estranho e que chame a atenção, como uma proposta de emprego fácil no Exterior para ganhar muito dinheiro ou trabalho temporário com alta remuneração, pode ser denunciado às polícias Civil, Militar e Rodoviária. (Repórter: Amanda Laynes)