Fiscalização aumenta a conscientização e reduz a pesca irregular na orla paranaense

26/01/2012
A intensificação da fiscalização da pesca na orla paranaense, promovida pelas equipes do IAP, o Instituto Ambiental do Paraná, em conjunto com outros órgãos ambientais e a conscientização das comunidades de pescadores, levaram a uma redução no número de autuações e apreensões de material na região. Desde o início da Operação Verão, em 16 de dezembro, as equipes do IAP fizeram 399 abordagens de embarcações e emitiram apenas seis notificações por pesca em local interditado para arrasto de camarão, além da apreensão de 1.400 metros de redes. No mesmo período do ano passado foram feitas 182 abordagens de embarcações de pesca profissional e emitidas 19 notificações e a apreensão de 2.000 metros de redes. Doraci Ramos, coordenador do IAP na Operação Verão, disse que acredita que tem aumentado a conscientização das pessoas, isso porque há uma redução sensível das notificações, autuações e apreensões. Segundo ele, é preciso valorizar a participação da Polícia Ambiental, do Ibama e da Polícia Federal nesse esforço conjunto que vem sendo feito ao longo dos anos. Essa é também a percepção do fiscal Samuel Gomes Chagas, ao fim de uma fiscalização feita nesta quarta-feira, para inibir a pesca do camarão fora da área permitida, no trecho entre Paranaguá e a Barra do Saí, na fronteira sul do Litoral do Paraná. // SONORA SAMUEL CHAGAS// Em cinco horas de fiscalização, foram encontrados e notificados apenas três barcos em situação irregular. Todos faziam pesca de arrasto de camarão a menos de uma milha náutica da orla e sem portar a licença de pesca profissional. Também foram encontradas e recolhidas duas redes de espera, que estavam armadas muito próximo à praia, oferecendo risco a banhistas e surfistas. Samuel Gomes Chagas explicou quais os problemas da pesca nesta área. // SONORA SAMUEL CHAGAS// A pesca de arrasto de camarão é permitida apenas a partir de uma milha náutica para embarcações de até 10 toneladas. Acima dessa capacidade, o limite mínimo da costa é de uma milha e meia. Quem é flagrado em situação irregular, como foi o caso das três embarcações abordadas nesta quarta-feira, tem 20 dias para apresentar uma defesa no escritório regional do IAP e está sujeito a uma multa mínima de 700 reais por pescador, além de um valor por quilo de pescado capturado irregularmente, quando é o caso. Em geral, na primeira abordagem o infrator é apenas orientado, mas fica cadastrado. Em caso de reincidência, é autuado, multado e corre o risco de ter a licença cassada. (Repórter: Jurandir Ambonatti)