Ferroeste e Cargil implantam projeto de transporte bimodal

17/08/2011
A Ferroeste e a Cargill firmaram, nesta semana, uma parceria que vai permitir operações bimodais de transporte ferroviário e rodoviário, a partir da região Oeste do Paraná, com destino aos centros produtores e ao Porto de Paranaguá. A estimativa é que a ferrovia estadual transporte até o final do ano, somente com esse contrato, aproximadamente 60 mil toneladas de soja e de milho, o que equivale a cerca de um trem diário entre Cascavel e Guarapuava. O volume poderá chegar a um milhão de toneladas no ano que vem. De acordo com o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, com essa parceria será possível criar uma operação mais econômica, ágil e racional para atender as necessidades de transporte da Cargill e o modelo vai funcionar, também, como uma alternativa aos gargalos ferroviários regionais e poderá ser estendido a outros clientes. A empresa vai se encarregar de realizar a segunda etapa da operação, levando a carga de Guarapuava até Ponta Grossa ou Paranaguá, em caminhões. A parceria com a Cargill será um piloto para outro projeto mais ambicioso: o Corredor de Exportação, também de características multimodais, a ser implementado a partir do ano que vem pelo governo do Estado, por meio da Ferroeste, da Codapar, da Claspar, e do Porto de Paranaguá, com o apoio da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado do Paraná e da Conab, órgão do Governo Federal. Em dois anos o governo vai poder implantar o “selo Paraná”, garantia de qualidade do produto exportado pelo terminal paranaense, com certificação de origem. A ideia é criar um lacre com chip para a carga que for transportada em território paranaense. Se houver atrasos na escala de chegadas ao porto, a fiscalização poderá fazer uma nova classificação, a fim de evitar fraudes. (Repórter: Priscila Paganotto)