Dia Nacional do Braile reforça inclusão social da pessoa cega

06/04/2018
O sistema de leitura e escrita em Braille é fundamental na alfabetização e no processo educacional das pessoas cegas ou com alto comprometimento da visão. A importância desse instrumento de inclusão é lembrada neste domingo, Dia Nacional do Braille. Pessoas com deficiência visual afirmam que o sistema inventado pelo francês Louis Braille, em 1827, é imprescindível. A escrita e a leitura são feitas pelo tato e se baseiam na combinação de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos, o que permite a formação de 63 caracteres. No começo deste ano, a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social lançou o Plano dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com versão em braile. De acordo com Flavia Cordeiro, coordenadora estadual da Política da Pessoa com Deficiência, da Secretaria da Família, o objetivo da publicação em várias versões é tornar as informações mais acessíveis.
Em todo o estado, a Secretaria incentiva projetos para pessoas com deficiência. O atendimento é feito por entidades sociais e nos Centro de Referência Especializado de Assistência Social. O sociólogo Ivã de Pádua perdeu completamente a visão aos oito anos, devido ao glaucoma. Hoje, aos 38 anos, faz mestrado em Educação e acumula duas especializações, em políticas públicas e em educação especial. Também ocupa o cargo de coordenação de imprensa e divulgação em Cascavel. Ele ressalta a importância do braile como ferramenta de inclusão.// SONORA IVÃ DE PÁDUA.//
O dia oito de abril foi escolhido como o Dia Nacional do Braille em homenagem ao nascimento de José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego brasileiro. Azevedo tinha deficiência visual desde o nascimento e estudou o método em Paris. (Repórter: Leo Gomes)