DNA confirma identidade de jovens mortas em Campo Mourão

25/10/2011
Resultado de exame de DNA, feito pelo Instituto de Criminalísticia, confirmou a identidade de duas jovens mortas em 2008 e vai permitir que o assassino vá a julgamento. A polícia aguardava a identificação dos ossos encontrados na fossa de uma escola em Campo Mourão, centro-oeste do Estado, para dar prosseguimento ao processo. Após dez meses de trabalho, 16 tentativas de extração de DNA e cerca de 13 mil reais gastos com exames, chegou-se à conclusão que os restos mortais pertencem a Dimitria Laura Vieira Gênero, de 15 anos, que desapareceu em julho de 2008, e a Iara Pacheco de Oliveira, de 19, em novembro do mesmo ano. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira. De acordo com o delegado-adjunto da 16.ª Subdivisão de Polícia, de Campo Mourão, José Aparecido Jacovós, as suspeitas caíram sobre o zelador da Escola Estadual Vinícius de Moraes, Raimundo Gregório da Silva, de 50 anos. Ele está preso desde agosto do ano passado, mas não foi julgado, porque os resultados dos exames não haviam confirmado se os ossos eram ou não de Dimitria e Iara. Raimundo Gregório da Silva trabalhava e morava no mesmo local onde as jovens estudavam e tinha namorado uma tia de Dimitria. O que chamou a atenção da polícia foi o suspeito ter se aproximado da família, depois dos desaparecimentos. O zelador disse à polícia, no ano passado, ter atraído as duas vítimas. Após matar as jovens a golpes de marreta, ele enterrou as duas na horta da escola e, depois de um mês, incinerou os ossos, e jogou na fossa. Esse procedimento dificultou a extração do DNA. O delegado diz que agora, com o resultado, Raimundo pode responder por duplo homicídio qualificado. Diante de diversas qualificações, o zelador poderá ser condenado a 60 anos de prisão. (Repórter: Maria Eduarda Buchi)