Campanha do Governo do estado faz número de denúncias de violência contra crianças dobrar

05/07/2018
O objetivo da campanha “Não Engula o Choro”, da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, foi atingido com o aumento das denúncias de violência contra criança e adolescente pelo telefone 181. Desde o começo de maio, quando as animações e peças publicitárias foram lançadas, o número absoluto dessas denúncias no Paraná subiu 125%.
A secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, afirmou que a sensibilização da sociedade para esse problema deve ser permanente. /SONORA FERNANDA RICHA/
Alann Bento, coordenador da Política da Criança e do Adolescente, da Secretaria da Família, destaca que um dos objetivos da campanha foi dar visibilidade a outros tipos de violência, além da física e da sexual. /SONORA ALANN BENTO/
O resultado dessa iniciativa, por exemplo, foi o aumento expressivo das denúncias de violência psicológica, que passou de 2 chamados em abril, para 16 em maio. A violência física é ainda a que mais tem registros. Desde o início do ano, foram, em média, 30 denúncias mensais. Em maio, esse número subiu para 70. O abuso sexual, que também tinha média mensal de 30 denúncias, aumentou para 60.
Os vídeos divulgados por redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas e em cinemas, foram assistidos por milhares de pessoas em todo o país. Eles estimulam crianças e adolescentes que sofreram ou sofrem algum tipo de violência a não se calarem e buscarem alguém de confiança para desabafar. Só nas duas primeiras semanas, as animações alcançaram mais de 1 milhão e trezentas mil visualizações e foram compartilhadas 21 mil vezes. Alann Bento afirma que a disseminação foi tão rápida que há como mensurar o alcance da campanha. /SONORA ALANN BENTO/
A campanha teve a parceria da Secretaria de Estado da Segurança Pública, que registra e encaminha denúncias de violações de direitos, no Paraná, pelo telefone 181. A ação foi feita em conjunto com o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescentes, que determinou o uso de recursos do Fundo para Infância e Adolescência. (Repórter: Filipe Andretta)