Agropecuária do Paraná cresceu 11,5%, melhor resultado em quatro anos
16/03/2018
A agropecuária do Paraná teve em 2017 o melhor desempenho em quatro anos. A safra recorde de grãos e o bom resultado da pecuária fizeram o PIB do setor crescer 11,5% no ano passado. Sozinha, a agropecuária adicionou 35 bilhões e 900 milhões de reais à economia do Estado, conforme dados do Ipardes, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social. O setor foi um dos principais responsáveis pelo fim da recessão no Paraná. A agropecuária respondeu por 9,8% do PIB do Estado em 2017. Desde 2013, quando cresceu 18%, a agropecuária não registrava um avanço acima de dois dígitos no Estado. Maior produtor de carne e segundo maior produtor de grãos do País, o Paraná respondeu por 12% da produção agropecuária brasileira. No ano anterior, a participação havia sido de 11,8%. De acordo com Francisco Simioni, diretor-geral do Deral, Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, essa foi a maior e melhor safra da história do Paraná.// SONORA FRANCISCO SIMIONI.// O Paraná se destacou nas principais culturas em 2017, segundo números do IBGE. Respondeu por 17,2% da produção de soja, 18,4% de milho, 52,2% de trigo, 21,7% de feijão, 57,9% de cevada, 71,4% de centeio, 21,7% de aveia e 1,3% de arroz. Na pecuária, se consolidou como o maior produtor do País, resultado puxado, principalmente, pelo frango e suínos. Maior produtor de madeira do Brasil, o Estado também aumentou a participação na silvicultura nacional. No ano passado, respondeu por 24,6% da produção de madeira em tora do País. Em 2015, essa participação havia sido de 22,2%. Simioni disse que os números mostram que a produção de frango, suínos e peixes, além de madeira e leite, continua a ter um papel importante na cadeia da agropecuária.// SONORA FRANCISCO SIMIONI.// O milho rendeu mais de 9 mil e 500 quilos por hectare, contra uma média de 8 mil e 700 quilos. A soja registrou produtividade de até 4 mil quilos por hectare, sendo a média de 3 mil e 600. A safra de verão, principal do Estado, somou o recorde de 25 milhões e 300 mil toneladas. Para 2018, embora a produção deva voltar para patamares históricos - em torno de 22 milhões e 700 mil toneladas, as projeções são positivas. Os preços internacionais melhoraram e estão sustentados. A demanda maior da China, a quebra da safra da Argentina e a redução dos estoques mundiais de soja e milho devem manter as cotações em patamares mais elevados. Na safra 2017/2018, o produtor, de olho nos preços, deve plantar soja ao invés do milho, que rende menos por hectare. A área destinada à produção de milho da primeira safra foi reduzida em 35%, para 332 mil e 800 hectares no Estado. A área da soja, por outro lado, aumentou 4% - para 5 milhões e 460 mil hectares. (Repórter: Amanda Laynes)