Acordo inédito vai preservar patrimônio na Usina de Mauá

20/03/2012
Representantes do Ministério Público Federal, em Londrina, da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Paraná, do IAP, do Consórcio Energético Cruzeiro do Sul e das empresas consorciadas Copel e Eletrosul firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta. O objetivo é a preservação do patrimônio cultural arqueológico na Usina Hidrelétrica de Mauá, que está em fase de construção entre os municípios paranaenses de Telêmaco Borba e Ortigueira, na Região Centro-Oriental do Estado. O acordo inédito lista ações para a preservação dos bens culturais remanescentes da região em que a usina está localizada, na bacia do Rio Tibagi. O termo tem prazo de vigência de cinco anos e renováveis a cada cinco anos. O Termo de Ajustamento de Conduta prevê a realização de pesquisas, ensino e extensão em Arqueologia, por meio de parcerias com universidades do estado, além de um programa de educação patrimonial para difusão de conhecimentos arqueológicos entre as populações do entorno da bacia do Rio Tibagi. Segundo o diretor de Meio Ambiente e Cidadania Empresarial da Copel, Gilberto Mendes Fernandes, a importância do documento está na promoção da educação patrimonial voltada à preservação da cultura e da memória das populações existentes na região. O superintendente do Iphan no Paraná, José La Pastina Filho, disse que ao contrário do patrimônio ambiental, que em muitos casos pode ser recomposto, a perda do patrimônio cultural é irreversível, por isso a necessidade de investimento em programas que efetivem a preservação. O programa também deve subsidiar a publicação de estudos sobre o patrimônio cultural arqueológico da região, inclusive nas línguas das comunidades indígenas locais. O documento define, ainda, a criação de um museu de território com diversos núcleos espalhados por 14 municípios. (Repórter: Jurandir Ambonatti).